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A economia circular na Rio Innovation Week: “Precisamos colocar no âmbito das estratégias nacionais”

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O painel “ Economia Circular: um novo modelo econômico para a nossa sociedade ”, mediado por Beatriz Luz, fundadora da Exchange 4 Change Brasil, contou com a participação da Diretora de Sustentabilidade da L’Oréal, Maya Colombani e de Paulo Protásio, responsável pela Rio 2030

Paulo Protásio, Maya Colombani e Beatriz Luz durante o painel “ Economia Circular: um novo modelo econômico para a nossa sociedade ” da Rio Innovation Week

O painel “ Economia Circular: um novo modelo econômico para a nossa sociedade ” foi um dos destaques da programação da tenda Clean Up The World na Rio Innovation Week neste domingo (16), último dia de evento. Durante a conversa, Beatriz falou sobre como o tema da economia circular precisa estar cada vez mais em voga no âmbito de negócios, indústrias e políticas públicas, nacional e internacionalmente.

O objetivo do debate era abordar, junto ao público da feira de inovação, o que precisa ser feito para a construção de um novo futuro. Em um cenário de escassez de recursos, alta volatilidade no custo de matérias-primas, risco nas cadeias de suprimentos e desastres ambientais cada vez mais recorrentes, a economia circular surge como um caminho para o desenvolvimento global pautado em novas formas de produzir, consumir e se relacionar. 

Beatriz Luz, Diretora da Exchange 4 Change Brasil e Fundadora do Hub de Economia Circular Brasil

Beatriz Luz, que está à frente do Hub de Economia Circular Brasil, conversou com o público da feira de inovação sobre a urgência de uma mudança de mentalidade:

– A sustentabilidade nos leva a pensar em produção mais limpa, uso eficiente dos recursos e em produzir mais com menos. Mas, com isso, só estamos retardando o processo de desgaste dos recursos naturais. A base da economia circular é entender que ser eficiente não é mais suficiente. As regras mudaram e são as soluções circulares que vão garantir a descarbonização da nossa economia e o controle das mudanças climáticas.

Precisamos manter o foco na geração valor e pensar nas fases de uso e de pós uso ao redesenhar produtos e serviços.

Em relação ao cenário internacional de transição para a economia circular, a especialista complementou:

– Precisamos de um novo arranjo geopolítico de investimento e comportamento, novas regras e novos valores. Na União Europeia, a economia circular passou de projeto de lei para prioridade número um em apenas um ano, e eles reconhecem que só serão bem sucedidos se as ações promoverem a transição a nível global. Agora, nós também precisamos colocar a economia circular no âmbito das estratégias nacionais.

Neste sentido, Maya Colombani destacou o papel do setor privado francês no desenvolvimento de soluções circulares, que atendam às exigências relacionadas à governança, à preservação do meio ambiente, às mudanças climáticas e ao cuidado com comunidades em estado de vulnerabilidade.

– O ponto para o qual as empresas têm que olhar agora não é mais o crescimento, mas como vamos contribuir com inovação para retomarmos a relação com o planeta. O papel do setor privado é criar valor para a nossa sociedade. O jeito que a gente vive, produz e consome não funciona mais, o modelo está quebrado. Convido todos vocês, também, a pensar sobre o que podem fazer diferente para reinventar sua relação com a natureza, descarbonizar, para fazer a diferença para o seu vizinho, seu colaborador, sua comunidade e seu país – reforçou a diretora de Sustentabilidade da L’Oréal.

Maya Colombani, Diretora de Sustentabilidade da L’Oréal

Paulo Protásio foi nomeado para coordenar a agenda Rio 2030, conferência internacional marcada para 2022 na capital carioca, com o intuito de fomentar o debate sobre o desenvolvimento sustentável trinta anos após a icônica Rio-92. No que concerne às alternativas para o fomento da inovação no país, com foco nas urgências associadas às mudanças climáticas, Protásio indica uma direção: o engajamento e a união de diferentes setores da sociedade.

– Não podemos focar em ações somente em 2022. O mundo inteiro já está em 2030. A população, a tecnologia, a comunidade devem ser despertados para esse processo. Agora é a hora de agir. Não existe nada só de cima para baixo no campo das conquistas que estamos falando. Vamos aos bairros, ali tem que ser a nossa esquina. Além do mais, nove bilhões de pessoas podem ter um lugar, mas só temos uma única casa. 

Para assistir ao painel “Economia Circular: um novo modelo econômico para a nossa sociedade” [por volta de 05:32:00]

https://youtu.be/xnF4S7qvb8E?t=19943

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