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Três perguntas e respostas para entender o que é economia circular

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Edgar Melo || Jornalista

O Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022 da Confederação Nacional da Indústria (CNI) define a economia circular como uma grande oportunidade para o uso mais eficiente dos recursos e, até mesmo, aumento da competitividade da indústria brasileira. Um dos desafios, por exemplo, seria mostrar para a sociedade como os resíduos possuem grande valor de mercado por meio da reciclagem e da geração de energia.

A proposta de reutilização constante de recursos provoca uma redefinição de valores e mantém o valor dos materiais e produtos por mais tempo. Com isso, produtos são vistos como serviços e consumidores como usuários. Tudo com a total reconstrução do capital natural e social. Trata-se de uma mudança no sistema econômico que desconecta o crescimento produtivo da exploração de recursos, ou seja, um novo cenário que redefine o design de produtos, avalia o ciclo de materiais e valoriza os resíduos, estimulando a inovação, a criatividade e uma nova economia mais positiva e restauradora. Um exemplo prático é de uma fábrica de refrigerantes que reutiliza suas garrafas de vidro, derretendo e fabricando novas garrafas em um processo circular e constante.

Caminhão de coleta de resíduos

Se compararmos a economia circular com outras linhas de pensamento de sustentabilidade, percebemos que o diferencial está no foco dos negócios, ou seja, a economia circular permeia o próprio empreendedorismo. Assim, ele consiste, na verdade, em criar novos modelos produtivos que garantirão que as empresas se perpetuem de forma mais concreta.

O Grupo Solví, empresa de serviços para os setores de resíduos públicos, ajuda a entender esse importante conceito por meio de três perguntas e respostas.

As companhias estão preparadas para esse realinhamento de valores proposto pela economia circular?

O sistema econômico atual é baseado em um processo produtivo linear, onde recursos são retirados do meio ambiente, produtos são produzidos, consumidos e jogados fora em um espaço de tempo muito curto. Novos produtos são lançados a cada dia, aumentando a competitividade do mercado e a pressão sobre os recursos naturais. A tecnologia digital cria novas plataformas para os consumidores aprenderem mais sobre os produtos e provoca uma mudança nos hábitos de consumo.

Também o aumento dos custos da extração de matérias-primas e volatilidade de preços trazem riscos econômicos e de suprimento, fazendo com que empresas e governo reavaliem o modelo econômico existente. O olhar somente na eficiência do processo não é mais suficiente para garantir a sobrevivência do negócio. E nada vai mudar a natureza finita dos recursos naturais. Um novo modelo se faz necessário.

E qual é o papel das empresas do setor de resíduos dentro desse contexto?

Nesse cenário, as empresas de resíduos se posicionam como provedoras de produtos, serviços e soluções para as empresas, para as pessoas e para a própria sociedade. As companhias desse segmento serão, na verdade, as maiores fornecedoras de novas matérias-primas para todo o setor produtivo, a partir do reaproveitamento total dos resíduos que manejam. Trata-se, no fundo, de uma grande mudança no modelo de negócios, passando de prestadores de serviços para desenvolvedores de produtos e soluções para toda a cadeia verde produtiva. Provavelmente, a transformação para a economia circular será puxada pelas empresas do setor de resíduos.

Dentro do atual cenário de queda da atividade econômica no Brasil, como as empresas podem investir na economia circular?

Trata-se, na verdade, de uma questão de sobrevivência. O cenário de crise traz consigo um momento de reflexão e uma oportunidade de mudança. O primeiro passo é a conscientização. É preciso entender que uma empresa sustentável é aquela que gera valor para a sociedade, com visão de futuro, de modo a garantir a perenidade dos negócios. A economia circular reduz riscos e custos no fornecimento de matérias-primas, aumenta o potencial de inovação e dá uma vantagem competitiva para as indústrias. Também garante melhor proximidade e relacionamento com os consumidores, gera empregos e novos mercados, mitiga os impactos das mudanças climáticas e melhora a qualidade de vida.

Metais preciosos recuperados

No ano de 2018, a tecnologia “logística reversa – sucata eletrônica e catalisadores automotivos” das Unidades de Valorização Sustentável (UVS) Essencis Caieiras, São José dos Campos, Betim, Magé e Curitiba, empresas do Grupo Solví, contribuíram para o retorno de um grande volume de matéria prima para a indústria, totalizando mais de 860 toneladas de sucata eletrônica – contando com uma grande presença de metais preciosos.

De acordo com dados levantados em 2016, o Brasil gerou cerca de 1,5 milhões de toneladas bruta de lixo eletrônico. Segundo entidades do setor, boa parte deste volume não foi reciclada e tem destinação inadequada, indo para lixões a céu aberto, contaminando não só o meio ambiente como afetando a saúde da população. Segundo Lucilene Pimentel, Gerente Comercial no Grupo Solví, “incentivar a economia circular para destinação correta do lixo eletrônico é a meta das UVS que atuam neste segmento”.

Sobre a Solví

O Grupo Solví possui mais de 40 anos de atividade e é composto por mais de 50 empresas, que oferecem serviços para os setores de Resíduos Públicos, Soluções Industriais, Saneamento e Valorização Energética. Presente no Brasil – São Paulo, Bahia e Pará – e países da América do Sul, como Peru, Argentina e Bolívia, o Grupo Solví conta com mais de 18 mil colaboradores em todas as suas unidades.

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