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ATIVIDADES PARA IMPULSIONAR A AGENDA DA CIRCULARIDADE NO PAÍS  

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O INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA CIRCULAR (IBEC) já conta com parceiros internacionais e projetos mapeados para este ano, incluindo um evento inédito sobre economia circular no Brasil e um estudo sobre o papel da economia circular como alavanca para a descarbonização da indústria brasileira

O IBEC inicia as atividades com a missão de consolidar a circularidade na agenda política do Brasil. O objetivo do novo instituto é proporcionar um ambiente cada vez mais favorável à transição, por meio de iniciativas que fortaleçam o conhecimento  do tema e o engajamento do mercado. O trabalho se inicia com parcerias nacionais e internacionais para 2024.

O IBEC atua como um facilitador na criação de alianças, promovendo discussões público-privadas, facilitando as conexões com organizações internacionais, a fim de fazer da teoria uma prática.

Beatriz Luz, fundadora do Hub de Economia Circular e presidente associada do IBEC é referência no assunto:

– O Instituto Brasileiro de Economia Circular nasce como um ator chave para impulsionar o debate de forma robusta e alinhada às práticas internacionais. Para isso, trazemos conosco o legado de seus fundadores de mais de 10 anos de experiência e de parceiros especializados e comprometidos com a causa, que irão contribuir de maneiras diferentes para essa mudança de mentalidade, garantindo as bases teórica e prática necessárias para alavancar o debate e posicionar o Brasil no contexto global

Desde 2019, a União Europeia posiciona a economia circular como prioridade número 1 no plano de desenvolvimento da região e destaca que não será bem-sucedida se a transição não acontecer de forma ampla, proporcionando uma economia justa, regenerativa e de baixo carbono a nível global.

O IBEC, portanto, prioriza a educação e o fortalecimento de uma nova dinâmica dos negócios em linha com a visão circular estabelecida pela Coalizão de Economia Circular para a América Latina e Caribe e que visa a levar à região uma nova forma de prosperidade, que trabalhe com e para as pessoas, seja positiva para o clima e fortaleça a biodiversidade.

Beatriz Luz, fundadora do Hub de Economia Circular e presidente associada do IBEC

Projetos para um ano mais circular

No âmbito nacional, com o apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICS), um estudo pioneiro irá demonstrar o potencial da economia circular como alavanca para a descarbonização no setor de metais e minerais. O ICS é uma organização filantrópica que, há nove anos, apoia projetos que buscam o fortalecimento da economia brasileira e a redução das desigualdades por meio do enfrentamento das mudanças climáticas e soluções sustentáveis.

Com a Alemanha, em parceria com a Gopa Worldwide Consultants, o IBEC apoiará a GIZ Brazil no projeto “Profissionais do Futuro“, elaborado junto ao Ministério da Educação brasileiro. A proposta visa a fomentar a transformação educacional no país e preparar os futuros profissionais para atuar de forma sustentável e inovadora, alinhada aos princípios da economia circular.

Inspirado na atuação dos Países Baixos, será realizado o primeiro Circular Hotspot no Brasil, atraindo especialistas do mundo todo para um debate com foco na realidade do Sul Global. A expectativa é atrair nomes relevantes da agenda internacional da economia circular para três dias de evento, que acontecerá no início de novembro de 2024.

Ainda, com Portugal, o foco será a produção científica, unindo a expertise da associação CECOLAB (Collaborative Laboratory Towards Circular Economy) com o IBEC. No Brasil, junto à Galeria Botânica, a parceria  visa a criar produtos e mobilizar pessoas em atividades que promovam a união da arte, do design e da sustentabilidade. 

A associada fundadora do IBEC e economista, Maria Inez Vieira, reitera a importância do instituto no desenvolvimento de ações sociais e educacionais para a conscientização sobre a economia circular:

– Se queremos transformar nossa sociedade, é essencial estarmos próximos às escolas, às secretarias de educação e centros de pesquisa. É preciso levar os princípios da economia circular desde cedo para o desenvolvimento de nossas crianças e jovens, visando a promover uma mentalidade mais criativa, colaborativa e consciente.

Ana Rubia, fundadora associada do instituto e que trabalha em prol da economia circular desde 2013 no Nordeste, destaca a importância do olhar regional, trazendo o valor da biodiversidade brasileira:

– Estamos muito empolgados com essa nova etapa e com os parceiros que estão ao nosso lado. É uma grande oportunidade para contribuirmos com a visão de economia circular para a América Latina, destacando as potencialidades de todas as regiões brasileiras, passando pela bioeconomia, agricultura circular e novos modelos construtivos. Um conselho consultivo será formado unindo especialistas internacionais e brasileiros comprometidos a promover a transição circular em diferentes ambientes e setores da nossa economia.

O ano de 2023 teve grande importância para a transição circular no Brasil. A Política Nacional de Economia Circular segue avançando para aprovação no plenário, trazendo como instrumento prioritário a implementação de uma estratégia nacional. Além disso, novos instrumentos financeiros estão sendo aprovados; o governo brasileiro se compromete com a Coalizão de Economia Circular para a América Latina e Caribe; e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) colocou a economia circular como uma das quatro prioridades para a descarbonização.

Segundo Beatriz Luz, o IBEC coloca o Brasil em um novo patamar para a economia circular em 2024, mas a transição não é algo célere:

– A transição para a economia circular não vai acontecer de um ano para o outro e não será o trabalho de uma empresa, de uma cidade ou de um país, apenas com soluções de curto prazo. A transição requer uma abordagem sistêmica, de longo prazo, e uma expansão do olhar para novas fronteiras de análise, integrando variados atores em uma agenda comum e estabelecendo novas formas de produzir, consumir e se relacionar.

Implementar a economia circular pode ser desafiador, especialmente devido à necessidade de mudanças em vários níveis: político, empresarial, social e individual.

Uma compreensão sólida dos princípios da economia circular é fundamental. Para promover a conscientização sobre os benefícios ambientais, sociais e econômicos da economia circular é necessário avançar em diversos temas como políticas e regulamentações, inovação tecnológica e principalmente no final da cadeia o engajamento dos consumidores

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