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Greenpeace e lideranças indígenas pedem o fim da violência contra os povos originários brasileiros

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Na manhã do dia 7, lideranças indígenas, com apoio do Greenpeace Brasil, realizaram uma marcha pacífica durante a 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL) para reforçar publicamente o pedido de mais de meio milhão de brasileiros que, em menos de um ano, se mobilizaram em prol dos direitos indígenas. Na ocasião, o abaixo-assinado “Basta de Violência Contra os Povos Indígenas“, assinado por mais de 500 mil pessoas, foi entregue ao Ministério da Justiça em Brasília (DF).

A iniciativa contou com a participação de diversas lideranças indígenas e artistas, como Sônia Guajajara, Thaline Karajá e Marcos Xukuru, acompanhadas do cantor Chico César, do compositor Carlos Rennó, da médica e influencer digital Thelma Assis e da diretora-executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali, que marcharam do Complexo Cultural da Funarte até o Palácio da Justiça.

“Nós protocolamos no Ministério da Justiça um abaixo-assinado com mais de 517 mil assinaturas de pessoas que pedem o fim da violência contra os povos indígenas no Brasil. Essa petição reúne evidências da inação do Ministério em relação tanto à demarcação dos territórios indígenas, quanto à garantia da integridade daqueles já demarcados e das pessoas que nele habitam.”, declarou Carolina Pasquali, diretora executiva do Greenpeace Brasil.

Um componente especial da marcha foi um letreiro que formava a mensagem “Basta de Violência!”. A instalação artística foi carregada pelo povo Xukuru, que saudou o pedido com cantos e danças. O totem foi decorado com mais de 20 mil fitas com o título do abaixo-assinado e o primeiro nome das pessoas que assinaram e as fitas foram amarradas pelos participantes do Acampamento Terra Livre, reforçando a mensagem de paz.

De acordo com dados do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a escalada contra os povos originários brasileiros nunca foi tão séria e esteve tão intensa. Em 2020, os dados registrados pela instituição foram os maiores dos últimos cinco anos. Os assassinatos tiveram um aumento de 61%, com 182 casos registrados em 2020. Os conflitos territoriais também aumentaram, com 96 casos do tipo em 2020 — 174% a mais do que no ano anterior. As invasões a terras indígenas aumentaram e foram a 263 casos registrados em 2020.

“A violência contra os povos originários vem crescendo muito, então reunimos nesta petição pessoas que, assim como o Greenpeace Brasil, são aliadas do movimento indígena e que demandam ação imediata do Governo Federal para que a gente avance nessa questão e dê um fim à violência.”, frisou Pasquali.

Acampamento Terra Livre 2022

Realizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o ATL reúne atualmente, mais de 7 mil lideranças de 200 povos diferentes que estão concentrados na capital federal exigindo a imediata demarcação de territórios indígenas e discutindo questões como o PL 191, o Marco Temporal, saúde e educação indígenas. A programação conta com mais de 40 atividades e vai explorar o tema “Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política”. O acampamento está instalado no complexo da Fundação Nacional de Artes (Funarte), localizado no Eixo Monumental, em Brasília (DF) e acontece de 4 a 14 de abril de 2022.

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