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Troca de animais entre parques ecológicos no Paraná visa manter equilíbrio de espécies no estado

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O parque Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), da Itaipu Binacional, enviou três pacas e recebeu um casal de gatos-maracajá do Parque Ecológico Klabin (PEC).

O parque de preservação ambiental, Refúgio Biológico Bela Vista, gerido pela Itaipu Binacional – que também controle a maior hidrelétrica do mundo – enviou ao parque da Klabin, maior empresa produtora e exportadora de papel para embalagens sustentáveis, três pacas (Cuniculus paca) e recebeu de volta um casal de gatos-maracajá (Leopardus wiedii). Ambos os parques se localizam no estado do Paraná, no sul do país, e o intercâmbio visa potencializar seus respectivos programas de reprodução de espécies. 

A troca dos animais começou na manhã de quarta-feira (10), com a saída das três pacas do Refúgio Biológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu, e chegada ao PEK aconteceu na tarde da quarta-feira. Antes de serem transportados, os animais passaram por uma bateria de exames para atestar que estavam saudáveis. Depois, foi feita uma ambientação nas caixas de transporte, além do fornecimento de alimentação para que eles pudessem suportar o transporte sem problemas. Durante o deslocamento, foram feitas algumas paradas para avaliar o bem-estar dos animais, como temperatura e acondicionamento nas caixas.

As pacas não fazem mais parte das espécies trabalhadas no Refúgio Biológico da Itaipu, que passa a investir na reprodução de outras espécies de roedores, como a cutia (Dasyprocta sp), por exemplo. Já para o PEK, as três pacas vão socializar com o único animal existente no plantel da Klabin. “Cada instituição consegue focar bem em alguma espécie que, no momento, é mais relevante em relação à biodiversidade e à vulnerabilidade daquele animal na região”, explica a médica-veterinária da Itaipu, Fabiana Stamm. Atualmente, as duas espécies são consideradas vulneráveis na região. 

A troca dos animais também melhora a diversidade genética da espécie na região, por meio do cruzamento com outros animais. Eles se candidatam, ainda, para futuros programas de solturas das espécies tanto nas áreas de influência da Itaipu, quanto na região de Telêmaco Borba, onde se localiza o Parque Ecológico Klabin. “Com a chegada de novos animais também conseguimos abordar a questão da educação ambiental, explicando sobre as espécies ameaçadas de extinção para os visitantes do Parque”, colabora o coordenador do PEK, Paulo Schmidlin.

Além disso, ambos os animais têm importância no ecossistema: as pacas são responsáveis por dispersar sementes na floresta, enquanto os gatos-maracajá ajudam a manter o equilíbrio ecológico como predadores de outras espécies menores. “Com a chegada de novos animais também conseguimos abordar a questão da educação ambiental, explicando sobre as espécies ameaçadas de extinção para os visitantes do Parque”, colabora o coordenador do PEK, Paulo Schmidlin.

O monitoramento dos animais no parque em Itaipu é feito por câmeras e avistamentos biológicos espalhados pela região. Através disso, são feitos planos populacionais que são atualizados constantemente e a parceria com a Klabin visa expandir esses planos.“O RBV e o PEK têm muitas espécies em comum, o que facilita o intercâmbio”, diz Fabiana. “Essa parceria agrega conhecimento técnico e melhora nossos bancos genéticos”, complementa Paulo Schmidlin. 

Com a chegada do casal de gatos-maracajás, o Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) conta, agora, com um plantel de 317 animais, de 54 espécies. Com uma área de 1.780 hectares, o local é pioneiro na reprodução de várias espécies, tendo o maior plantel da ave-símbolo do harpias (Harpia hapyja) do mundo, além do bem-sucedido programa de reprodução de onças-pintadas (Panthera onca), e de ajudar com a reintrodução de jaguatiricas, mutuns-de-penacho (Crax fasciolata) e de outras espécies na região de Corrientes, na Argentina.

Já as três pacas vão compor um plantel de cerca de 180 animais de 50 espécies diferentes do Parque Ecológico Klabin. Criado na década de 80, o PEK é mantido pela Klabin para promover a conservação da biodiversidade, a manutenção e reabilitação de animais silvestres e a preservação de espécies. O espaço de 9.852 hectares, dos quais 91,6% são compostos por áreas de floresta nativa, também é utilizado para educação ambiental e o desenvolvimento de pesquisas científicas com a fauna e a flora locais.

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