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Lixo eletrônico: Cristo Redentor entra na rota sustentável do e-lixo

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Convênio entre TI Rio e Santuário Cristo Redentor implementa coleta seletiva e logística reversa de e-lixo no estado do Rio

Unir tecnologia e responsabilidade socioambiental em ações que integram desenvolvimento humano e sustentabilidade. Esse é o objetivo da parceria que a nova diretoria do TI Rio firmou com o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor. A iniciativa compreende a coleta seletiva de lixo eletrônico na rede conectada ao Santuário, a realização de seminários, palestras, workshops, eventos institucionais e projetos de capacitação em temas comuns de interesse das entidades, voltadas para o terceiro setor.

Entre os pontos turísticos mais conhecidos no mundo, o Santuário Cristo Redentor promove, em conjunto com o Instituto Redemptor, inúmeras atividades sociais, campanhas humanitárias e de ajuda a vítimas de violência. Com o novo convênio, essas ações sustentáveis poderão ser levadas para um número maior de participantes. O reitor do Santuário, Padre Omar, comemorou a parceria, afirmando que o avanço tecnológico deve estar a serviço do bem comum e esse convênio inédito também representa um passo importante para um futuro mais sustentável.

Para o presidente do TI Rio, Alberto Blois, esse é o melhor momento para investir em sustentabilidade. “Em novembro, o Rio de Janeiro será palco do G20 e todos os olhares estarão voltados para esse evento global, cujo tema central é sustentabilidade e economia verde. Seremos ainda mais protagonistas nesse assunto no Brasil e a questão do descarte correto do lixo eletrônico é uma parte fundamental desse contexto. Estamos buscando fomentar ainda mais as nossas ações alinhadas a esse cenário”, afirma o gestor.

De acordo com a edição mais recente do The Global E-waste Monitor (Instituto das Nações Unidas para Formação e Pesquisa), publicada em março deste ano, em 2022 foram gerados 62 milhões de toneladas de e-lixo no planeta, volume suficiente para encher 1,5 milhão de caminhões de 40 toneladas. No ranking dos países que mais produzem lixo eletrônico, o Brasil ocupa a segunda posição nas Américas, com 2,4 milhões toneladas de e-lixo/ano, perdendo apenas para os Estados Unidos, com 7,2 milhões de e-lixo/ano. Em escala mundial, o Brasil está em quinta posição na geração desse tipo de resíduo.

Há 12 anos o TI Rio desenvolve projetos voltados para a coleta de lixo eletrônico em instituições dos mais diversos setores, associadas à entidade. O programa de descarte de e-lixo, que teve início na gestão de Benito Paret, já recolheu mais de duas toneladas de resíduos eletrônicos apenas este ano, consolidando a entidade como referência nesse tipo de iniciativa no estado. As marcas participantes recebem uma certificação com validade para editais e licitações.

Blois enfatiza ainda a importância da logística reversa de eletroeletrônicos, ou seja, a reciclagem dos componentes desses produtos. “O descarte sustentável do lixo eletrônico fortalece a logística reversa, permitindo a transformação daquele componente em nova matéria-prima para a indústria. Isso se traduz numa rede de esforços que insere o fabricante, o distribuidor, o comerciante e quem está na linha de reciclagem, num movimento fundamental para a economia circular, com grande potencial financeiro para o estado, além da questão de preservação do meio ambiente”, defende Blois.

Entre os parceiros do TI Rio, o Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (CRCRJ) vem implementando iniciativas ESG e de descarte sustentável com o apoio da entidade. “As empresas que implementam iniciativas associadas ao descarte correto do material eletrônico têm esse registro no seu balanço social, o que ajuda na aprovação de projetos importantes. Além disso, as atividades de contabilidade são ligadas à tecnologia, por isso conscientizar esses profissionais quanto à destinação segura do lixo eletrônico é um passo fundamental”, destaca Gisele Lima, vice-presidente de Tecnologia da Informação e Inovação do CRCRJ.

Como doar?

Qualquer empresa, instituição ou pessoa pode fazer sua doação de lixo eletrônico para ter uma destinação sustentável. São aceitos computadores e periféricos (gabinetes, CPU, mouse, teclado, caixas de som, estabilizador, nobreak, fontes, drivers, placas mãe, de vídeo, de som e de rede, cabos, memórias, processadores, fontes adaptadoras, impressoras), aparelhos de DVD e videocassete, celulares, centrais telefônicas, fax e máquinas fotográficas. Vale destacar que não são aceitos pilhas, toners, lâmpadas e equipamentos de linha branca, como geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupas etc.

Interessados devem entrar em contato com a TI Rio através do e-mail diretoria@ti.rio, que enviará uma ficha para preenchimento com nome ou razão social, telefone e o material que está disponível para doação, entre outros. A TI Rio irá comunicar o dia que a empresa parceira irá retirar os equipamentos a serem doados.

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