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Coalização com mais de 200 empresas pede formalização de tratado global contra a poluição por plástico

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Formada em 2022, as empresas e instituições coligadas visam desenvolver políticas claras que visam uma mudança na economia global dos plásticos

Organizadas na Coalizão Empresarial por Tratado Global para os Plásticos, as mais de 200 empresas – que incluem nomes como Coca-Cola, Nestlé, Walmart, 3M e outras gigantes do mercado – pedem aos governos que formalizem, ainda em 2024, um tratado contra a poluição por plástico. Exigindo regras e medidas obrigatórias, o objetivo é uma mudança de escala global com a regulação definitiva entre países em relação a redução, circulação e prevenção da poluição com o uso do plástico.

A poluição causada pelo uso crescente e excessivo de plástico é pauta na ONU desde dezembro de 2022, quando começou o desenvolvimento do tratado. Um estudo da The Pew Charitable Trusts e SYSTEMIQ mostra que, se nada for feito, em 20 anos o número de plástico na economia triplicará e nos oceanos, quadruplicará. Esse dado alarmante se integra ao estudo publicado em 2016, “The New Plastics Economy: Rethinking the future of plastics”, que indicava que até 2050 pode haver mais plástico que peixes no oceano.

“Nosso compromisso até 2030 é usar pelo menos 50% de material reciclado em nossas embalagens, com 25% do portfólio de bebidas sendo embalagens retornáveis, e coletar 100% das embalagens colocadas no mercado. Isso faz parte do compromisso global por um “Mundo Sem Resíduos”, lançado em 2018 pela Coca-Cola. Atualmente, estamos avançando com as embalagens retornáveis em toda a América Latina e outros marcos importantes nesse compromisso com a circularidade incluem a nova embalagem transparente de Sprite, que facilita a reciclagem; e a garrafa de água Crystal, que foi a primeira garrafa de água mineral PET feita exclusivamente de material PET reciclado. Essas iniciativas mostram que é possível avançar na agenda da economia circular”, explica Victor Bicca, diretor de Relações Governamentais da Coca-Cola Brasil.

A principal vertente da coalizão é a adoção de uma visão mais abrangente de economia circular no setor do plástico, eliminando os que são problemáticos ou desnecessários, atuando para o reaproveitamento do máximo possível, além do acréscimo na reciclagem e compostagem, fazendo com que o material circule integralmente. Para isso, as empresas acreditam que um tratado eficaz será aquele que dê a elas os mecanismos necessários para essa circulação plena, com medidas que acelerarem esse processo. 

No Brasil, o foco se encontra na eliminação de plásticos desnecessários, como os canudos, talheres e pratos descartáveis, visando a estimulação do design circular para itens dessa categoria, indo desde aqueles recicláveis até aqueles reutilizáveis. ara apoiar as discussões globais sobre o texto do tratado, a Coalizão desenvolveu instruções de políticas para cinco aspectos técnicos das negociações: restrições e eliminação gradual, voltada à identificação dos plásticos problemáticos e evitáveis; políticas de reutilização; design de produtos; responsabilidade estendida do produtor; e, por fim, gestão de resíduos.

A quarta sessão do Comitê de Negociação Intergovernamental que desenvolve o tratado sobre poluição plástica (INC-4) acontece esse mês, do dia 23 a 29, em Ottawa, Canadá e será precedida por consultas regionais que acontecerão no dia 21.

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