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Inverno requer atenção dos setores de energia e agronegócio, diz Climatempo 

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Clima seco, picos de frio e seca prolongada ameaça a oferta e demanda de energia, além de impactar lavouras

Uma avaliação do clima tempo, maior empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil, diz que o inverno deve apresentar períodos extensos de seca, além de temperaturas acima da média que aumentam o risco de geada. Dois setores serão impactados com mais força: o elétrico, com alterações na oferta e demanda de energia, e o do agronegócio, com a possibilidade de geada que pode avançar o Centro Sul e atingir a produção de café e cana-de-açúcar. 

Essas alterações climáticas se devem à influência do fenômeno La Niña, que está previsto para iniciar em agosto e ter um pico ainda maior no início do verão, perdendo sua força ao longo do ano que vem. Segundo Ana Clara Marques, da Climatempo, o aumento do consumo de energia no inverno e a diminuição de chuvas tendem a provocar alerta. “Com o La Niña se formando em agosto, a tendência é de período seco mais prolongado e atraso na retomada do período úmido na primavera.”

O La Niña vai acentuar a seca nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, além de trazer chuvas bem abaixo da média e prolongar a seca no Sul. A região também vai sofrer com as geadas provocadas pelo picos de frio, afetando a produção de café, cana-de-açúcar e o cultivo de trigo. Nadiara Pereira, meteorologista e especialista em clima para o agronegócio da Climatempo, explica que em algumas regiões, o fenômeno climático fará o contrário e aumentará as chuvas. “O La Niña tem a característica de aumentar as chuvas sobre as áreas mais ao Norte e Nordeste do País, de modo que a fronteira agrícola do Matopiba, que abrange o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, costuma produzir muito bem em anos com esse fenômeno.”

Para discutir os impactos das mudanças climáticas e fenômenos meteorológicos nos setores afetados, a Climatempo vai reunir especialistas, profissionais e entusiastas em evento para discutir medidas para mitigar os efeitos por meio da transição energética e de outras medidas sustentáveis. O evento também vai envolver empresas do setor de energia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS-13) e o agronegócio, com a apresentação de estratégias, tecnologias e políticas sustentáveis que favoreçam o meio ambiente.

O segundo Encontro Nacional de Mudanças Climáticas Para o Setor de Energia e Agronegócio (II EMSEA) acontece no próximo dia 25, no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos, em São Paulo.

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