27.2 C
Rio de Janeiro
spot_img
spot_img

Dia de Proteção às Florestas: conheça ações de preservação de instituições da Amazônia Legal

spot_imgspot_img

Mais lidas

eco21
eco21https://eco21.eco.br
Nossa missão é semear informação ambiental de qualidade.

Comemorado hoje (17), o Dia de Proteção às Floresta nos lembra a importância de proteger o meio ambiente

A região da Amazônia Legal tem uma grande variedade de projetos pensados para proteção do que resta e restauração desse bioma tão importante para o Brasil e o mundo. Na Terra Indígena (TI) Rio Pindaré, no Maranhão, por exemplo, estado que lidera a perda de vegetação nativa no país, existe uma parceria entre dois grupos locais para resgatar práticas ancestrais de manejo sustentável da biodiversidade local.

O projeto “Mãe D’água: das nascentes para reflorestar mentes”, é liderado pelo grupo de mulheres indígenas Wiriri Kuzá Wá em parceria com a Brigada Voluntária Indígena, conta com mais de 50 mulheres e 15 homens para identificar inco nascentes prioritárias e plantar 80 mudas de espécies nativas, como juçara, bacaba e cupuaçu. Essas ações são mais do que esforços de conservação ambiental; elas representam um resgate cultural e espiritual para a comunidade.

Para conhecer mais sobre o projeto, veja a matéria que publicamos aqui.

Organização de mulheres e os brigadistas voluntários da TI Rio Pindaré durante o plantio de 80 mudas de árvores frutíferas nas margens de nascentes de igarapés em abril. Foto: Robert Miller/Acervo ISPN

No Pará, a Rede Raízes – formada por um grupo de mulheres e homens agroextrativistas – tem

No Pará, a Rede Raízes – formada por um grupo de mulheres e homens agroextrativistas – tem protagonizado ações de restauração florestal, com o objetivo de disseminar conhecimentos sobre produção de mudas, auxiliar na mobilização e organização de mutirões comunitários para a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF’s) e contribuir para a gestão de empreendimentos comunitários locais.

“Os SAF’s se apresentam como um contraponto à monocultura, que tem baixa diversidade de produtos, o que acaba esgotando os nutrientes do solo e incentivando a proliferação de pragas e doenças”, afirma Deborah Pires, engenheira agrônoma e analista socioambiental do IEB.

A Rede Raízes é uma continuação do processo formativo iniciado no Marajó Socioambiental 2030, realizado pelo IEB com apoio financeiro do Fundo Socioambiental da CAIXA. Desde 2021, o projeto promove ações de restauração na região de Marajó (PA) e tem como meta plantar 500 mil mudas agroflorestais; até o momento, 240 mil mudas já foram plantadas no território marajoara. Além da importância ambiental, as espécies escolhidas apresentam potencial para aumentar a segurança alimentar e a geração de renda das famílias envolvidas.

A expectativa é que a Rede Raízes possa contribuir para diagnosticar e problematizar as diferentes realidades do território, ajudando nas soluções adequadas para cada comunidade, o que contribui para o fortalecimento da agenda de restauração florestal socioprodutiva e na gestão dos empreendimentos comunitários.

Unidades de Conservação e a preservação das florestas

O que um ganhador do prêmio Nobel e uma família ribeirinha da Amazônia possuem em comum? O respeito pela floresta. A série “Em Clima de Amazônia”, produzida pelo Idesam, traz o depoimento do ecólogo e pesquisador do Inpa, prof. Philip Fearnside, sobre as Unidades de Conservação. Confira o episódio completo clicando aqui e uma prévia, abaixo.

“A floresta amazônica está sendo ameaçada. Quando eu cheguei, a primeira vez, em 1973, estava só iniciando essa fase moderna de desmatamento com a construção da rodovia transamazônica. Hoje, nós temos 20%, mais 700 mil quadrados desmatados. E o processo vai indo. A floresta amazônica oferece serviços ambientais que são essenciais para a população que vive na Amazônia, também para o resto do Brasil e, em alguns deles, também para o resto do mundo. Ela é um grande reservatório de biodiversidade que tem muitos valores, mas também muitas utilidades. É muito importante para o clima, de várias maneiras. É importante para o ciclo de água, que é essencial para manter uma floresta tropical.

Unidades de conservação, áreas protegidas em geral, são essenciais para evitar o desmatamento. Não só agora, mas também para o futuro. Unidades de uso sustentável, como reservas extrativistas e projetos de desenvolvimento sustentável, têm um papel muito importante; sobretudo para manter as populações e para poder expandir rapidamente as áreas protegidas. As reservas de desenvolvimento sustentável, as RDS, são importantes porque é uma maneira de sustentar uma população local que já está lá, evitando que a área seja transformada em grandes fazendas.

A RDS Uatumã é uma reserva de desenvolvimento sustentável que foi estabelecida ao longo do rio Uatumã, entre a área de Balbina e o rio Amazonas. Tem uma população que dependia de pesca. A pesca foi abalada com o efeito da barragem e a agricultura de pequena escala. Tem uma população que está sendo apoiada, que está tentando mudar as formas de produção: ter mais agroflorestas, venda de vários produtos produzidos no local, esquema de pagamento pelos sequestros de carbono, pelas árvores que estão sendo plantadas. Tem várias coisas diferentes de outros lugares”.

Notícias relacionadas

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Últimas notícias

- Advertisement -spot_img