A ECO•21 é uma revista sobre política ambiental que pioneiramente abriu um novo espaço jornalístico até então inexistente no Brasil. Herdeira da visão analítica e comunicativa da revista francesa Le Sauvage e da inglesa The Ecologist, que marcaram toda uma época no ambientalismo europeu, a ECO•21 foi a primeira revista brasileira a tratar o tema do desenvolvimento sustentável de um ponto de vista especializado e com finalidade educativa.
Desde 1990, quando foi publicado o número “0”, com o nome “ECO-RIO”, a partir da edição número 38 de Janeiro – Fevereiro de 1999 passou a se chamar definitivamente ECO•21. Desde sempre a revista acompanhou de perto todas as iniciativas nacionais e internacionais voltadas para a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a RIO-92. Da mesma forma, foi pauta dessa etapa do projeto da ECO•21 documentar e registrar todas as iniciativas da sociedade civil que estiveram concentradas no chamado “Fórum Global” ou “ECO-RIO”, evento que aconteceu no Parque do Aterro do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro, de forma paralela ao encontro oficial da ONU. A revista sempre registrou todos os grandes momentos da política ambiental nacional e internacional, traduzindo e documentando exclusivamente inúmeros textos específicos sobre as iniciativas ambientais, tanto oficiais quanto da sociedade civil. Desde a RIO-92, passando pela RIO+10 (Conferência de Johanesburgo 2002) e, depois pela RIO+20, em 2012, todos os temas foram abordados. Mudanças climáticas, poluição, resíduos sólidos, recursos hídricos, energias renováveis, ciências ambientais, sanitarismo, saúde, conquista espacial, tecnologias de ponta, reciclagem, florestas, desertificação, vida marinha, biologia, etc. sempre dando destaque à educação ambiental. Acompanhamos os desdobramentos das Convenções sobre Mudanças Climáticas, Desertificação, Biodiversidade, fora da Declaração de Princípios sobre Florestas. Hoje informamos sobre os avanços em torno aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e os diversos encontros sobre mudanças climáticas, áreas húmidas, desertificação, recursos hídricos, resíduos sólidos, poluição da terra e do mar, etc.
Nestes 30 anos de circulação, um grande número de colaboradores de prestígio nacional e internacional escreveram artigos ou autorizaram a sua reprodução, sendo muitos deles exclusivos na sua divulgação no Brasil.
Ao longo de todos esses anos, foram publicados textos dos maiores nomes da política ambiental em nível nacional e mundial, tais como: José Lutzenberger, Aziz Ab’Saber, Paulo Nogueira Netto, Eduardo Viola, José Goldemberg, Carlos Minc, Fernando Gabeira, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Marina Silva, Samyra Crespo, Izabella Teixeira, José Sarney Filho, Gilberto Gil, Celso Lafer, Alfredo Sirkis, José Monserrat Filho, Dal Marcondes, etc., e entre os nomes estrangeiros destacamos Maurice Strong, Mikhail Gorbatchov, Rigoberta Menchú, Wangari Maathai, Vandana Shiva, Fritjof Capra, Al Gore, Olof Palme, Indira Ghandi, Gro Harlem Brundtland, Jacques Chirac, Tony Blair, Fidel Castro, etc.
A ECO•21 também abriu democraticamente as suas páginas para divulgar as iniciativas de ONGs nacionais e internacionais, como Conservation Internacional, WWF, SOS Mata Atlântica, Greenpeace, União Mundial para a Natureza (IUCN), SPBS, Pro-Natura, GTA, ISER, Viva Rio, IBASE, etc.
Resumo do projeto
A revista ECO•21 nasceu em 1990 com o nome de ECO-RIO em homenagem à Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – RIO-92, e mantém desde a sua fundação, como proposta básica, a disseminação de informações ambientais em nível analítico e documental. Por se tratar de uma iniciativa sem vínculos partidários, religiosos ou mesmo com organizações não-governamentais, a ECO•21 surgiu como um veículo totalmente dependente do mercado publicitário tradicional que permite o funcionamento das publicações jornalísticas alternativas. Na sua essência, a ECO•21 procurou e procura servir de instrumento de consulta e de referência para a elaboração de outros trabalhos educativos de ensino médio ou universitário e, inclusive, técnicos.
Como ideia principal, a ECO•21 objetivou uma permanência de longo prazo entre os seus leitores, se transformando, a cada edição, numa espécie de fascículo semi-enciclopédico e documental a semelhança de uma pequena coletânea ambiental contemporânea, narrando os fatos na medida em que eles fossem acontecendo.
Principais resultados obtidos
Ao longo de 30 anos de circulação ininterrupta, a ECO•21 passou a ser colecionada a cada edição tanto pelos seus assinantes quanto pelos seus leitores ocasionais. Nesse período, a revista superou largamente o milhão de leitores, público composto por pessoas distribuídas em todos os Estados do Brasil e em muitas cidades do exterior. Trata-se de um resultado satisfatório que se comprova através da replicação das informações contidas nas suas páginas.
Um exemplo dessa repercussão pode se constatar na resposta obtida pelos eventos da área ambiental, que sempre foram divulgados nas páginas da ECO•21. Citamos apenas três casos: o Congresso Mundial de Educação Ambiental, em três ocasiões (Portugal, Brasil e Itália); o Prêmio Ford de Conservação Ambiental, e o Prêmio Von Martius, do qual a ECO•21 passou a fazer parte do seu corpo de jurados. O bom resultado da proposta da ECO•21 também se constata pela solicitação de inserção de exemplares da revista nos diversos eventos ambientais nacionais. Podem-se mencionar, a título de exemplo, os cursos da Fundação Getúlio Vargas, nos quais a revista eventualmente foi distribuída para os alunos. Finalmente, como exemplo do sucesso obtido, pode-se mencionar que a ECO•21 é frequentemente convidada para enviar representantes aos mais diferentes âmbitos com o objetivo de dar palestras, conferências, entrevistas, etc.
A Revista ECO•21 trabalhou inicialmente com o objetivo de informar especificamente sobre a implementação da Agenda 21 e a divulgação dos princípios do desenvolvimento sustentável. O principal problema existente no Brasil em termos de conhecimento ambiental é a desinformação existente, principalmente nas escolas do ensino médio e superior. São poucas as alternativas que têm professores e estudantes para a consulta sobre estes tópicos e a bibliografia existente é limitada e cara. Nesse sentido, a ECO•21 cumpre um papel dinamizador prestando um grande auxílio aos docentes. Como apoio complementar e democratizador, a ECO•21 está disponível, gratuitamente, na Internet no site: https://eco21.eco.br; e no Instagram: @revistaeco21
A ECO•21 era distribuída nacionalmente em bancas e algumas livrarias. Em 1993, o então Ministro da Cultura, Antônio Houaiss, por ser amigo pessoal dos diretores da revista, solicitou uma doação de exemplares para enviar a cada representação do Sistema Nacional de Bibliotecas. Respondendo ao apelo do Ministro foram doados mais de 100 mil exemplares e, como resposta, houve um significativo número de solicitações de assinatura.
Entre as principais curiosidades podemos mencionar que a ECO•21 foi a primeira revista de circulação nacional a ser impressa em papel reciclado. Ela circulou assim até a falência da única fábrica de papel reciclado em escala industrial para revistas.