Instituto Escolhas afirma que investimento em recuperação e preservação é fundamental para recuperação da devastação deixada pelas enchentes e evitar que outros episódios aconteçam
O Instituto Escolhas, que realiza análises e estudos sobre questões ambientais, afirmou que a recuperação e a reconstrução das áreas arrasadas pela chuva e a resposta ideal da gestão pública do Rio Grande do Sul envolve a recuperação de 1,6 milhão de hectares de vegetação nativa, para evitar que novas catástrofes aconteçam. O estado gaúcho está há semanas sendo manchete por conta das fortes chuvas que assolam a região, com enchentes que já deixaram mais de 70 mil pessoas desabrigadas e 126 mortos.
Em 2023, com o estudo “Os bons frutos da recuperação de florestas: do investimento aos benefícios”, o Instituto chegou ao número de hectares em áreas de preservação permanente e reserva legal que precisam ser recuperadas urgentemente no estado do Rio Grande do Sul. O diretor-executivo do Instituto Escolhas, Sérgio Leitão, afirma que a preservação ambiental é e sempre foi fundamental, mas hoje vemos a urgência na questão.”Os planos de reconstrução do Rio Grande do Sul precisam incorporar a recuperação da vegetação nativa, que é uma infraestrutura natural para prevenir a repetição de tragédias como essa”, reitera.
A recuperação dessas áreas é primordial para prover serviços ecossistêmicos para a região, como do aumento da capacidade de infiltração da água no solo, entre outros processos fundamentais. O estudo também estimou que 80 mil empregos seriam gerados apenas na recuperação das reservas ambientais do Pampa que, no Brasil, encontra-se somente no Rio Grande do Sul.