20 C
Rio de Janeiro
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_img

Sebrae no Pará impulsiona R$ 9 milhões em negócios com agricultura familiar no estado

Mais lidas

eco21
eco21https://eco21.eco.br
Lúcia Chayb Diretora eco21.eco.br @eco21_oficial @luciachayb luciachayb@gmail.comPor trinta anos foi a jornalista responsável pela revista ECO21 (1990/2020)

Projeto conecta 526 produtores ao mercado e fortalece o papel das mulheres no campo

Um dos mais significativos avanços recentes na articulação entre agricultura familiar no Pará e o mercado institucional está em curso no nordeste do estado. Por meio da atuação estratégica do Sebrae/PA, 526 produtores rurais – dos quais 416 são mulheres – foram conectados ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), gerando quase R$9 milhões em negócios com fornecimento direto para instituições que atendem populações em vulnerabilidade social.

A iniciativa garantiu a aprovação de todas as 18 propostas submetidas à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que permite que os agricultores comercializem alimentos diretamente com instituições sociais por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) ao longo de 2025. Em média, cada produtor receberá R$15 mil por entrega, em um modelo que alia segurança alimentar com geração de renda no campo.

O projeto contempla nove municípios paraenses: Capanema, Bragança, Viseu, Tracuateua, Cachoeira do Piriá, Santa Luzia do Pará, Primavera, Ourém e São João de Pirabas. Os produtos comercializados — como hortaliças, frutas, mel, raízes e derivados — vão abastecer 26 instituições sociais, alcançando 178 mil pessoas em situação de vulnerabilidade.

“Esses números mostram que é possível transformar o campo com organização, capacitação e acesso a políticas públicas estruturantes. Essa é a missão do Sebrae: viabilizar mercados, conectar oportunidades e fortalecer a economia regional com base no protagonismo dos pequenos negócios”, destacou Rubens Magno, diretor superintendente do Sebrae no Pará.

Segundo Denize Carneiro, gerente regional do Sebrae na região Caeté, o diferencial está na estruturação coletiva e na inclusão produtiva de grupos historicamente à margem do mercado. “Mais de 460 desses agricultores estão vendendo para o governo pela primeira vez. É um marco. São famílias que antes não tinham escala ou organização e hoje têm renda recorrente com base em um canal institucional robusto”, explica.

Entre as lideranças presentes, Joelma Nunes, presidente da Cooperativa de Primavera, ressaltou o efeito transformador da política pública aliada ao apoio técnico. “Comecei em 2010 numa associação que virou cooperativa. Hoje, com o apoio do Sebrae e da Conab, estamos fortalecendo um grupo de 100 mulheres. Isso é desenvolvimento na prática”, afirmou.

Para Rosanna Vallinoto, superintendente da Conab no Pará, a experiência consolida um modelo replicável. “A Conab tem como missão comprar da agricultura familiar e levar alimentos para quem mais precisa. Esse trabalho conjunto com o Sebrae está mantendo o produtor no campo, com renda e dignidade.”

Para Edson Júnior, superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário no Pará, o papel do Sebrae como articulador foi fundamental. “Essa é uma experiência que deveria ser expandida para todo o Estado. É um modelo com impacto social e econômico que beneficia cooperativas, associações e transforma realidades.”

Notícias relacionadas

Últimas notícias

- Advertisement -spot_img