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Indústria logística precisa reduzir em 45% as emissões de carbono até 2030 

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Lúcia Chayb Diretora eco21.eco.br @eco21_oficial @luciachayb luciachayb@gmail.comPor trinta anos foi a jornalista responsável pela revista ECO21 (1990/2020)

Índice do BCG aponta que apesar da forte pressão do mercado o setor ainda enfrenta dificuldades para avançar em soluções verdes. 

São Paulo, janeiro de 2025 – Visando identificar o avanço da indústria de logística global na jornada rumo à descarbonização, o Boston Consulting Group (BCG) analisou as 100 maiores empresas do segmento. O estudo “Tapping into the Power of the BCG Decarbonization Index for Logistics Service Providers” mostra que, apesar do aumento da conscientização, a implementação de práticas sustentáveis ainda é um desafio para a maioria das companhias. 

O levantamento aponta que a cadeia de logística, como um todo, emite globalmente 22% dos gases de efeito estufa, sendo o transporte de mercadorias responsável por mais de 40% desse total. Contudo, entre 2022 e 2023, a descarbonização do setor subiu apenas de 5 para 6 (em uma escala de 100), segundo o BCG Logistics Decarbonization Index – índice inédito que comprime os dados do setor em um único sistema de pontuação. 

Entretanto, a pesquisa revela que 43% dos entrevistados não fizeram praticamente nada em termos de descarbonização e somente 8% demonstram um compromisso real com a redução dos gases de efeito estufa, com metas ambiciosas, estratégias bem definidas e ações implementadas que geram resultados concretos. 

Este cenário é impulsionado por três fatores principais: a crescente pressão do mercado por serviços logísticos verdes, com organizações sustentáveis apresentando retornos até 10% superiores para os acionistas; regulamentações governamentais mais rigorosas; e a crescente inovação e colaboração entre empresas. 

Para acelerar o progresso rumo a um futuro com emissão zero, a consultoria recomenda que as empresas de logística adotem os “5 Ds”: 

  • Determinar. Mensurar e monitorar a pegada de carbono para identificar as principais fontes de emissão. 
  • Discernir. Analisar as pressões do mercado e as oportunidades emergentes na área de sustentabilidade. 
  • Desenvolver. Criar um business case sólido para a descarbonização, considerando os custos, benefícios e retorno sobre o investimento.
  • Diferenciar. Produzir ofertas de serviços verdes que atendam às demandas dos clientes e se destaquem no mercado.
  • Desenhar. Elaborar um plano de transição detalhado com metas, prazos e recursos definidos. 

O estudo completo está disponível, em inglês, no site do BCG.

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