Iniciativa do BNDES tem a Norte Energia como um dos parceiros estratégicos. Chamada é destinada a projetos de associações civis, fundações privadas e cooperativas.
Às vésperas da COP30, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou o edital Bacia do Rio Xingu 2, para apoiar até seis projetos de restauração ecológica da região por meio da iniciativa Floresta Viva. Serão disponibilizados até R$ 6,3 milhões, com recursos do Fundo Socioambiental do BNDES e da Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, da Energisa e do Fundo Vale. A apresentação das propostas deve ocorrer até o dia 07 de novembro, no site do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), parceiro gestor da iniciativa.
Os projetos deverão estar voltados para a restauração de áreas localizadas em Unidades de Conservação; em Áreas de Preservação Permanente (APP); em Reserva Legal (RL) nos imóveis rurais de até quatro módulos fiscais e nos assentamentos de reforma agrária; e em territórios indígenas, quilombolas e de outras comunidades tradicionais. Podem participar instituições sem fins lucrativos constituídas há pelo menos dois anos: associações civis, fundações privadas e cooperativas. O engajamento e a participação das comunidades locais e dos povos tradicionais devem ser priorizados.
Ao integrar a iniciativa Floresta Viva, a Norte Energia reafirma o compromisso de longo prazo da empresa com a sustentabilidade na Amazônia, bioma onde opera a usina Belo Monte. “Para a Norte Energia, apoiar o Floresta Viva significa somar esforços pela restauração da Amazônia e pela valorização do bioma. Essa é uma prioridade para nós: gerar energia limpa com responsabilidade socioambiental e contribuir para a preservação do território onde atuamos”, destaca Silvia Cabral, diretora de Regulação, Comercialização e Sustentabilidade da Norte Energia.
Recursos remanescentes
O primeiro edital do Floresta Viva dedicado à Bacia do Rio Xingu foi lançado em 2023. Na ocasião, foram selecionados quatro projetos somando um valor total de R$ 20,3 milhões, restando R$ 6,3 milhões em recursos remanescentes. O novo edital busca justamente aplicar este montante.
“Estamos priorizando projetos que incluam iniciativas de capacitação dos proponentes e de fortalecimento das cadeias produtivas. No mínimo, 50% dos recursos previstos em cada proposta devem ser destinados às atividades de restauração ecológica”, detalhou a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
Os quatro projetos apoiados até o momento pelo edital Bacia do Rio Xingu são: Xingu Sustentável, o cacau orgânico gerando renda e promovendo a restauração ecológica do Médio Xingu, da Cooperativa Central de Produção Orgânica da Transamazônica e Xingu; Na trilha da Floresta Viva: restauração ecológica socioprodutiva na Bacia do Xingu, da Associação Rede de Sementes do Xingu; Sempre Vivas, Sempre Verdes: restauração ecológica e inclusão socioprodutiva na Resex Verde para Sempre, com execução do Instituto Internacional de Educação do Brasil; e Resset Assurini, conduzido pela Fundação de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável Guamá.