* Por Jorge Pontes
E é porque o homem anda, e não pode parar de andar, pois assim pararia de sonhar e de se inspirar, e é com a planta dos seus pés, passo ante passo, que ele toca e acaricia a montanha, barriga da Terra, planeta vida, do qual toda a maravilha que conhecemos é proveniente.
E é no caminho sem fim que percorremos – nessa expedição ao Monte Kilimanjaro – das pedras de paisagem lunar das quais nos desviamos, dos desfiladeiros e fendas de um cenário antediluviano, que nos engole, ornado de braçadas de margaridas ressecadas, que nos contemplamos transcender o lapso de nossa própria existência.
E é do cansaço que vencemos, salpicados pela poeira do tempo, e dele o pó, partículas de um mundo que já se dissolveu pela simples mas vertiginosa passagem de milhões de anos – e que hoje impregna a alma e os cabelos de quem por ali vagueia – o mesmo cenário que dominou o imemorial passado de mulheres e homens dos quais absolutamente todos nós, seres humanos, – dos quatro cantos do planeta – descendemos.
E tudo interessa, quando se busca a aventura na Natureza, e interessa estar vivo, conhecer nosso planeta lindo e ajudar a preservá-lo.
Hakuna matata*.
Significa “vá tranquilo”
É isso mesmo, a canção Hakuna Matata representa a filosofia de origem africana chamada Ubuntu, que nos mostra como fazemos parte de um sistema muito maior que nós mesmos.
* Hakuna Matata é uma frase em suaíli que pode ser traduzido como “sem problemas” ou “sem preocupações” e “vá com calma”.
* Jorge Pontes foi delegado da Polícia Federal e é formado pela FBI National Academy. Foi membro eleito do Comitê Executivo da Interpol em Lyon, França, e é co-autor do livro Crime.Gov — Quando Corrupção e Governo se Misturam.
