Em parceria com o ICMBio, procedimento deve se tornar referência
para processos de resgate e soltura dos animais.
O Parque Vida Cerrado, primeiro e único centro de educação socioambiental do Oeste baiano, está desenvolvendo um protocolo inédito para soltura e reintrodução de lobos-guará — espécie ameaçada de extinção – em áreas agrícolas. No dia 12 de maio, o Projeto de Reabilitação e Soltura dos filhotes Baru e Caliandra entrou na última fase com a soltura dos animais.
Os filhotes permaneceram por 10 meses no recinto de reabilitação, instalado em uma das APPs (área de preservação permanente) do parceiro Irmãos Gatto Agro, para reconhecer o ambiente e melhorar os instintos de caça e forrageamento. Além disso, o isolamento do recinto permitiu a diminuição do imprint à presença humana e ajudou a ajustar o horário de atividade dos filhotes aos horários observados nos animais de vida livre da região. Outro ponto importante desse período foi o reconhecimento da presença dos filhotes pelos lobos residentes. Por se tratar de uma espécie territorialista, é fundamental que haja esse processo para minimizar os possíveis conflitos.
Para a realização da soltura, os animais receberam colares para monitoramento de seu deslocamento diário. O recinto em que se encontravam os lobos-guará, localizado entre os municípios de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras, foi aberto para a realização da soltura branda e assim permanecerá, com oferta de água e comida, como um ponto de referência por pelo menos três meses.
Este protocolo, que está sendo desenvolvido em parceria com o ICMBio, tem papel importante na conservação da espécie, pois pode se tornar referência para resgates e reintrodução não apenas para lobos-guará, mas também para outros canídeos silvestres.
“Todos os anos, dezenas de lobos-guará ficam órfãos e em situação de vulnerabilidade, necessitando de resgate, atendimento e destinação correta para que sejam salvos. O protocolo que está sendo desenvolvido é peça fundamental para protegermos cada vez mais os lobos-guará e outros canídeos silvestres”, afirma Gabrielle Bes da Rosa, coordenadora do Parque Vida Cerrado. Baru, por exemplo, foi resgatado junto com seus irmãos após ser constatado o óbito da mãe. Já Caliandra foi encontrada em uma estrada da região, quase sem vida. Neste momento, já recuperados e reabilitados para a vida livre, os filhotes poderão sair do recinto.
Idealizado e patrocinado pela Galvani, o Parque Vida Cerrado abriga um criadouro conservacionista e um centro de excelência em restauração do bioma Cerrado. Para a execução desse projeto de reintrodução, contou com a parceria das empresas Sementes Oilema, Irmãos Gatto Agro e Condomínio Agrícola Santa Carmem. Este projeto é orientado pelo ICMBio/CENAP e conta com o apoio da ONG Jaguaracambé e projeto Sou eu Pequi, responsáveis pela iniciativa de Brasília.
Sobre o Parque Vida Cerrado
Primeiro e único centro de educação socioambiental do Oeste baiano, que abriga um criadouro conservacionista e um centro de excelência em restauração do bioma Cerrado, localizado entre os municípios de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. Criado há 16 anos, o parque é idealizado e patrocinado pela Galvani. Dispõe de mais de 30 espécies nativas em seu viveiro, desenvolvidas com apoio da Rede de Coletores de sementes dos assentamentos rurais.
Sobre a Galvani
Empresa 100% brasileira que atua no setor de fertilizantes desde a década de 1960. É líder em produção e distribuição no Matopiba, região agrícola que compreende os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Possui unidades de mineração e beneficiamento em Angico dos Dias e Irecê, um complexo industrial em Luís Eduardo Magalhães, todos na Bahia, e escritórios corporativos em Campinas (SP) e na capital paulista.