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Secretário-executivo do MMA aponta restauração ambiental como meio decisivo para alcançar meta climática do Brasil

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Lúcia Chayb Diretora eco21.eco.br @eco21_oficial @luciachayb luciachayb@gmail.comPor trinta anos foi a jornalista responsável pela revista ECO21 (1990/2020)

João Paulo Capobianco participou do seminário “Florestas como vetor de um novo desenvolvimento”, promovido pelo BNDES no Rio de Janeiro

O compromisso do governo federal para consolidar a restauração ambiental, com o apoio da iniciativa privada, é uma “virada de chave” decisiva para alcançar a neutralidade de carbono na economia. A avaliação foi feita pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco, nesta sexta-feira (10/10), ao debater a mobilização de recursos para impulsionar a agenda florestal. O painel integrou o seminário “Florestas como vetor de um novo desenvolvimento”, promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro (RJ).

Para o secretário, a restauração, ao lado do pacto nacional para zerar o desmatamento até 2035, é o caminho que pavimentará o cumprimento da nova meta climática brasileira sob o Acordo de Paris, a chamada NDC, que determina a redução das emissões líquidas de gases-estufa de 59% a 67% até 2035, em comparação aos níveis de 2005. 

“Um movimento já estamos fazendo com muito resultado, que é a redução do desmatamento”, informou ao mencionar a queda de cerca de 46% da taxa de desmatamento na Amazônia em 2024 na comparação a 2022, além da queda identificada em todos os biomas. “O outro caminho é o restauro, porque além de deixar de emitir ou reduzir emissão, a captura de carbono é central para nossa NDC”, completou.

A estratégia que prioriza a conservação da biodiversidade, dos recursos hídricos e da qualidade de vida, defendeu Capobianco, também já provou que tem viabilidade, rentabilidade e interesse do setor econômico. 

“Estamos falando de um país que tem por obrigação legal restaurar 19 milhões de hectares de terras privadas e restaurar 4,5 milhões de hectares em terras públicas, terras indígenas, unidades de conservação e assentamentos”, pontuou. “Portanto, o potencial é enorme por uma indústria que está crescendo e respondendo”, afirmou, destacando a chamada pública de R$ 150 milhões em recursos do Fundo Amazônia, lançada em abril deste ano. A ação foi promovida pelo MMA e o BNDES, em parceria com o Ministério dos Povos Indígenas e a Funai, para restauração ecológica de terras indígenas. 

A estabilidade institucional e a garantia de política pública com continuidade, processos assegurados pelo governo do presidente Lula, foram mencionados como os principais atrativos para o mercado. 

Como exemplo, mencionou os três leilões do programa Eco Invest, coordenado pelo MMA e o Ministério da Fazenda, para fortalecer a transição da economia por meio da bioeconomia, da indústria verde e das finanças sustentáveis. As duas primeiras edições mobilizaram mais de R$ 75, dos quais R$ 46 bilhões serão provenientes de investidores estrangeiros. O leilão mais recente ocorreu nesta semana. Saiba mais aqui. 

As medidas já adotadas, enfatizou Capobianco, terão reflexos na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). “Nos dá, inclusive, credibilidade para na COP30 trabalhar liderando pelo exemplo, para que a gente avance na agenda da convenção”, finalizou.

O debate contou ainda com a participação do enviado especial para a Bioeconomia na COP30, Marcelo Behar, e do presidente do Conselho de Administração da Regreen, Marcelo Medeiros, sob a mediação da diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

Assista ao seminário aqui

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