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Por que a última semana do mês é sinônimo de pancadas de chuva pelo Brasil

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Lúcia Chayb Diretora eco21.eco.br @eco21_oficial @luciachayb luciachayb@gmail.comPor trinta anos foi a jornalista responsável pela revista ECO21 (1990/2020)

Fenômenos climáticos e fatores sazonais explicam o aumento das precipitações ao final da estação 

O mês de março é tradicionalmente associado ao encerramento do verão e início do outono no Brasil, período em que as chuvas se intensificam em diversas regiões do país. Esse fenômeno climático é resultado de uma combinação de fatores típicos dessa época do ano, como explica Elizabeth Rodrigues Ibrahim, doutora em Ciências Ambientais e docente do curso de Engenharia Ambiental do UniBH.

“A chuva de março ocorre devido a uma combinação de fatores climáticos característicos dessa época do ano. Durante esse período, a transição do verão para o outono intensifica a instabilidade atmosférica, favorecendo a formação de tempestades. Entre as principais razões para esse aumento das chuvas estão a alta umidade, o avanço das primeiras frentes frias e a intensificação da convecção”, explica.
 

Conforme aponta a especialista, as altas temperaturas durante o verão promovem uma maior evaporação da água de superfícies como oceanos, rios e vegetação. Esse vapor d’água sobe para a atmosfera, onde se resfria e condensa, formando nuvens carregadas que resultam em chuvas frequentes e intensas. Além disso, a maior incidência de luz solar durante o dia acelera esse processo, aumentando a umidade no ar e favorecendo a formação de tempestades.
 

A chegada de frentes frias também contribui para o aumento das chuvas no final do verão. Essas massas de ar frio avançam sobre as regiões quentes e úmidas, provocando instabilidades atmosféricas que culminam em precipitações volumosas. Esse contraste térmico é um dos principais gatilhos para as chuvas intensas características dessa época.
 

Em Belo Horizonte, por exemplo, a segunda quinzena de março tem sido marcada por chuvas significativas. No dia 17 de março, em apenas duas horas, as regionais de Venda Nova e Barreiro registraram cerca de 25% do volume de chuva esperado para todo o mês, causando alagamentos e transtornos no trânsito. A previsão é que os temporais permaneçam na capital mineira, pelo menos, até a primeira semana de abril. 
 

Já em São Paulo, a previsão para a última semana de março de 2025 indica a possibilidade de tempestades localizadas em diversos dias. Embora as chuvas sejam esperadas, os períodos de sol também estarão presentes, mantendo as temperaturas elevadas e típicas do final do verão.
 

Portanto, o aumento das chuvas no final do verão não é um evento isolado, mas sim um reflexo do equilíbrio dinâmico do clima tropical brasileiro. “Esse período marca a transição para o outono, quando as condições atmosféricas começam a mudar gradualmente. Embora essas chuvas possam causar transtornos em áreas urbanas, elas também desempenham um papel essencial na renovação dos recursos hídricos e no ciclo natural das estações”, conclui.
 

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