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Paralisação de projetos de eólica offshore vira alvo de ação judicial contra a gestão Trump

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Lúcia Chayb Diretora eco21.eco.br @eco21_oficial @luciachayb luciachayb@gmail.comPor trinta anos foi a jornalista responsável pela revista ECO21 (1990/2020)

Eólica offshore nos EUA: ação judicial contesta ordem federal que paralisou cinco projetos

Um grupo desenvolvedor de energia eólica offshore na costa da Virgínia entrou com ação na Justiça federal para tentar bloquear a ordem do governo Trump que determinou a paralisação das obras do projeto e de outros quatro empreendimentos no Atlântico, sob a justificativa de preocupações de segurança nacional.

O que a ordem determina (e o que não explica)

A decisão foi comunicada pelo Departamento do Interior, por meio do Bureau of Ocean Energy Management (BOEM), com a abertura de um período de 90 dias — potencialmente prorrogável — para avaliar se as ameaças “podem ser adequadamente mitigadas”. Os detalhes técnicos das preocupações não foram divulgados integralmente ao público; reportagens indicam que parte da base seria uma avaliação classificada vinculada ao aparato de defesa dos EUA.

Entre os argumentos citados em coberturas e comunicados oficiais está a possibilidade de interferência em radares (“clutter”) e riscos associados à proximidade de centros populacionais e infraestrutura sensível.

Quais projetos foram atingidos

A ordem abrange cinco frentes de obras já em andamento:

  • Vineyard Wind 1 (Massachusetts)
  • Revolution Wind (Rhode Island e Connecticut)
  • Sunrise Wind (Nova York)
  • Empire Wind (Nova York)
  • Coastal Virginia Offshore Wind (Virgínia)

No caso do Empire Wind, a Equinor informou que está cumprindo o “stop work order” e avaliando impactos, alertando para potenciais efeitos relevantes no cronograma se a suspensão se estender.

O argumento econômico: custos, cronograma e data centers

Segundo a ação, a paralisação produz custos imediatos elevados, inclusive com embarcações de construção que operavam em regime contínuo. O projeto na Virgínia estava em obras desde o início de 2024 e tinha previsão de entrar em operação no início de 2026, com energia estimada para atender cerca de 660 mil residências. 

O texto judicial também relaciona o projeto à necessidade de atender o crescimento da demanda elétrica, associada à expansão de data centers — tema que, nos EUA e globalmente, passou a pressionar planejamento de rede e segurança energética. 

Reação política e disputa narrativa

Governadores democratas dos estados afetados prometeram reagir à decisão. Parte da crítica sustenta que os projetos já haviam passado por avaliações e condicionantes federais e que a justificativa atual representa uma mudança de estratégia do governo para conter a eólica offshore.

Próximos passos

A Justiça marcou audiência para analisar o pedido de ordem de restrição temporária (medida emergencial para suspender os efeitos da ordem federal).

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