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Educar para Energizar: Siemens Energy redefine sua atuação na COP30 para investir em capacitação de jovens na Amazônia

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Lúcia Chayb Diretora eco21.eco.br @eco21_oficial @luciachayb luciachayb@gmail.comPor trinta anos foi a jornalista responsável pela revista ECO21 (1990/2020)

Em linha com os objetivos da presidência da COP30 de criar um legado de implementação, a Siemens Energy irá redirecionar mais de 80% dos custos que tradicionalmente utiliza na logística e hospitalidade de sua delegação para investir em um programa educacional de longo prazo na Amazônia. A iniciativa “Educar para Energizar” oferecerá cursos técnicos com duração de dois anos para jovens em situação de vulnerabilidade social em Belém, visando capacitá-los para atuar em projetos ligados à transição energética. 

Com investimento inicial de cerca de R$ 1.4 milhões, o projeto piloto estabelece o compromisso da Siemens Energy para essa e todas as edições futuras da Conferência, de focar em iniciativas de impacto e delegações mais enxutas, porém totalmente engajadas com esse importante instrumento multilateral de combate às mudanças climáticas. 

O programa, que começou a ser planificado internamente pela Siemens Energy em 2024, é resultado de uma articulação com a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) GmbH, que contribuirá com o planejamento pedagógico e metodológico, do Instituto Federal do Pará (IFPA), responsável pela execução dos cursos e certificações e da Fundação de Apoio ao Instituto Federal da Paraíba (FUNETEC), que atuará na gestão administrativa. Além da capacitação, bolsas de estudo e materiais didáticos, o projeto contempla o fornecimento de equipamentos de laboratório de última geração para a realização de aulas práticas.

“A representatividade do setor privado na COP é fundamental para acelerar a implementação de soluções climáticas em larga escala e, dessa forma, estaremos presentes na COP30 e em futuras edições da Conferência. No entanto, entendemos que o nosso compromisso com a transição energética só faz sentido se for inclusivo, e com essa abordagem queremos gerar um impacto que vá além dos discursos, e inspire mudanças reais na vida das pessoas”, afirma André Clark, Vice-Presidente Sênior da Siemens Energy para a América Latina.

“O apoio da Siemens Energy para abertura desses cursos de capacitação está totalmente alinhado aos nossos objetivos de impulsionar a formação de pessoas nessa área tão importante para a redução de emissões do país, na cidade sede da COP30. O formato modular dos cursos torna o programa muito mais dinâmico e o fornecimento de bolsas de estudo é fundamental para evitarmos a evasão escolar de alunos em situação de vulnerabilidade social”, afirma Julia Giebeler Santos, Diretora do projeto Profissionais do Futuro na Agência Alemã de Cooperação Internacional – GIZ.

Inicialmente, serão abertas 160 vagas em cursos de capacitação dentro de um período de dois anos para estudantes que já concluíram o ensino médio. Ao todo, os cursos somam 1.200 horas, estruturadas de modo progressivo. A formação contempla desde competências básicas, como eletricista instalador e manutenção de linhas elétricas, até capacitações mais avançadas, como instalação de sistemas fotovoltaicos e temas emergentes em energias renováveis, com foco em energia eólica, mobilidade elétrica, armazenamento de energia, eficiência energética e hidrogênio verde. 

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mais de 2,7 milhões de pessoas no Brasil dependem dos chamados Sistemas Isolados (SISOL), que na maioria dos casos utiliza fontes fósseis para a geração de eletricidade, já que não estão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Para garantir que a população que vive em regiões remotas abastecidas por sistemas off-grid tenha acesso a energia mais sustentável, a Siemens Energy vem trabalhando junto às autoridades na defesa de leilões que contemplem a hibridização de usinas, combinando energia solar e sistemas de bateria com a geração térmica existente. Além de aumentar a eficiência energética, a solução reduz o impacto ambiental em sistemas isolados, mas a falta de mão de obra capacitada é um desafio para esse avanço. 

Além de ampliar as perspectivas de empregabilidade de seus participantes, os cursos técnicos irão promover não somente uma qualificação aderente às transformações do setor energético, como também às demandas locais da região. 

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