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Dia da Mata Atlântica

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Douglas Santos || WWF BRASIL

A Mata Atlântica é uma das florestas com maior biodiversidade do mundo, em números, ela abriga mais de 20.000 espécies diferentes de fauna e flora. É também onde vivem 72% da população brasileira, sendo responsável por fornecer água e possibilitar atividades fundamentais para a economia como a agricultura, pesca, produção de energia e lazer.

Ela compreende por 15% do território brasileiro e está distribuída em 17 Estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe) e se estende por parte da Argentina e Paraguai. Grande parte da sua distribuição geográfica é pela costa do oceano Atlântico, daí o seu nome.

Apesar da grande importância econômica e ecológica, é o bioma mais degradado do Brasil, restam apenas 12,4% (Atlas da Mata Atlântica 2019, elaborado pela SOS Mata Atlântica em parceria com o Inpe) de floresta, sendo que a maior parte dele é fragmentado e desconectado. Segundo o Atlas da Mata Atlântica lançado hoje (27 de maio), o desmatamento no bioma aumentou 27,2% nos anos de 2018/2019 com 14.502 hectares de floresta devastados, o equivalente a 14mil campos de futebol. Esta é a maior área desmatada no bioma desde 2016.

Atualmente, existem apenas dois grandes contínuos de vegetação nativa que estão localizados na Serra do Mar entre o Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro e o Alto Paraná, na região de Foz do Iguaçu na fronteira com a Argentina e Paraguai.

Essa fragmentação ameaça espécies importantes da biodiversidade brasileira como a onça-pintada. Estima-se que restam apenas 300 em todo o bioma. Caso a degradação prossiga, a mata atlântica pode se tornar o primeiro bioma do mundo a perder seu animal topo de cadeia, acarretando em severos prejuízos à biodiversidade.

Flexibilização das leis de proteção

Durante a pandemia causada pelo novo coronavírus no Brasil, o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, tem afrouxado as leis de proteção da Mata Atlântica e anistiado donos de terra que destruíram áreas sensíveis. O Despacho 4410/2020 altera a interpretação da Lei da Mata Atlântica e do Código Florestal, permitindo que proprietários rurais não recuperem Áreas de Proteção Permanente desmatadas e ocupadas até julho de 2008, como margens de rios e topos de morro por exemplo.

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