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Exposição Maré de Mudanças faz alerta ao impacto da indústria têxtil na Baía de Guanabara, com obra inédita

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Lúcia Chayb Diretora eco21.eco.br @eco21_oficial @luciachayb luciachayb@gmail.comPor trinta anos foi a jornalista responsável pela revista ECO21 (1990/2020)

‘Tralha Marinha’ poderá ser vista pelo público na exposição ‘Maré de Mudanças – Década dos Oceanos’, em Duque de Caxias  

Em cartaz até o dia 29 de outubro, a exposição nacional “Maré de Mudanças – Década dos Oceanos” segue atraindo cariocas e turistas até o Museu Ciência e Vida, em Duque de Caxias (RJ). Com entrada franca, as famílias poderão curtir uma nova etapa da mostra marítima, incorporando à galeria de obras expostas em Rio Grande (RS) uma expressão artística inédita, assinada especialmente pelo grafiteiro natural de SP, Subtu

Entre painéis interativos, videoartes, projeções fotográficas, efeitos sobre tecidos fluidos e intervenções artísticas, cerca de 10 obras imersivas e sensoriais estão abertas para visitação na Baixada Fluminense, ampliando o caráter democrático e informativo da mostra circular, em conformidade com a Década dos Oceanos, da ONU

A exposição oceânica reúne artistas visuais, muralistas e videomakers conhecidos da cena nacional, como Iskor, que retorna com ‘Mar de Fantasmas’; Arthur Boniconte (Midiadub), com ‘Oceano Artificial’; Gyulyia, que assina a ‘Maré Morta’; Renata Larroyd, responsável por ‘Linha Divisora’; Via, autora de ‘Trama das Coisas’ e ‘Ato I’; Padre, autor de ‘A cidade e a água’, e o Coletivo Flutua, pela obra ‘Entremear’, além do cenógrafo da mostra, Rodrigo Machado

Já o grafiteiro e artista visual Subtu, que atende sob o pseudônimo artístico do macaco Yoko, retorna à exposição ‘Maré de Mudanças’ com uma nova instalação: a obra ‘Tralha Marinha’ (2025). Desenvolvida com ferros reaproveitados, tecidos, lonas e roupas usadas, Subtu dá vida à raia marinha, espécie encontrada na Baía de Guanabara, cujo símbolo de resistência e vulnerabilidade dos ecossistemas costeiros dialoga amplamente com a ação humana. 

A necessidade de chamar atenção às práticas nocivas e ao descarte excessivo de materiais têxteis, chegou junto ao alerta emitido pelo movimento social Baía Viva, no Rio de Janeiro. Segundo os cálculos, aproximadamente 3 milhões de litros de chorume são despejados diariamente na Baía de Guanabara, totalizando 1 bilhão em resíduos líquidos por ano. Diante desse cenário, o Maré de Mudanças chama atenção, junto à Subtu, para o impacto silencioso da ação humana sobre os ecossistemas ocupados pela decomposição de materiais orgânicos. 

A intervenção artística, batizada de ‘Tralha Marinha’, está alocada no 2º andar do Museu Ciência e Vida, ao lado de outras instalações como ‘Latente’ – tubarão-baleia de 3 metros de largura por até 6 metros de comprimento, desenvolvido com ferro de reuso, borracha, tampa de pet, camadas de tecido TNT, câmaras de pneus e sacola plástica fundida pelo próprio autor. Estamos aqui cumprindo o nosso verdadeiro papel de propor ‘mudanças’, como a exposição assina”, explica Subtu.

Voltado às temáticas oceânicas, a exposição ‘Maré de Mudanças’ estabelece um diálogo direto com os moradores da Baixada Fluminense e da região no entorno da Baía de Guanabara, que obteve alertas recentes. Fomentando a educação nas periferias, a mostra reúne artistas, pesquisadores, diretores e curadores no ‘Museu Ciência e Vida’, em reconhecimento aos quinze anos de fundação, informação e disseminação do conhecimento científico pelo acervo no Rio de Janeiro. 

O Maré de Mudanças é uma realização da LB Circular, com patrocínio do Instituto Aegea – mediante a Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.

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