Os Estados Unidos retiraram a tarifa extra de 40% que cobravam sobre a carne bovina brasileira desde agosto. Com isso, o Brasil volta a ter mais competitividade e deve aumentar as exportações para o mercado norte-americano.
O que mudou
- Em 20 de novembro, os EUA anunciaram o fim da sobretaxa de 40% para vários produtos agrícolas do Brasil, incluindo a carne bovina.
- Dias antes, eles já haviam reduzido tarifas para controlar a inflação interna, mas tinham mantido a de 40% para o Brasil — o que frustrou o setor.
- Agora, com a retirada total das tarifas (válida desde 13 de novembro), o Brasil volta a ser o fornecedor mais competitivo, mesmo pagando a tarifa normal das cotas TRQ.
Por que isso importa
Os cortes brasileiros vendidos nos EUA voltam a ser 14% a 18% mais baratos que os preços do atacado americano.
Nos beef trimmings (aparas bovinas com baixo teor de gordura), que são o principal produto importado pelos EUA:
- O Brasil está 11% mais barato que a Austrália.
- E 23% mais barato que o produto feito dentro dos próprios EUA (no padrão 90 CL, até 10% de gordura).
Mesmo com a recente alta do preço da arroba brasileira em dólares, é improvável que o Brasil perca competitividade, pois os preços subiram ainda mais nos EUA e na Austrália.
O que deve acontecer agora
- A expectativa é de forte aumento das exportações brasileiras para os EUA.
- A cota TRQ de 2026 pode ser preenchida em tempo recorde.
- Em outubro, mesmo com a tarifa de 40%, o Brasil enviou mais de 10 mil toneladas aos EUA.
- Com o fim da cobrança, os embarques devem acelerar ainda mais.



