Márcia Régis | Redação Eco21 |
Do que é feito um coração? De veias, artérias, ritmos, sonhos e esperanças. É o órgão que gera conexões.
Por isso, foi escolhido para simbolizar o Projeto Cora – Corações da Amazônia, que em sua estreia lança o Programa de Bolsa Permanência para Indígenas da Região da Amazônia Legal matriculados em instituições de Ensino Superior.
O projeto piloto vai proporcionar auxílio a estudantes universitários indígenas de diferentes etnias do Alto Xingu, para que possam trilhar todo o percurso universitário com segurança emocional e financeira.
A distância entre as aldeias e os grandes centros, a ausência de contexto cultural e familiar em outros espaços fora de seus territórios e o precário acolhimento das instituições acadêmicas são enormes obstáculos para a inclusão dos alunos indígenas e a conclusão dos cursos nas universidades.
Os jovens beneficiados pelo Projeto Cora receberão uma bolsa mensal de R$ 1.000,00, durante 12 meses.
O benefício será estendido a estudantes universitários indígenas originários de uma das etnias: Aweti, Kalapalo, Kamayura, Matipu, Mehinako, Nahukua, Narovuto, Wauja ou Yawalapiti.
O artista Rubéns Belém, da região de Parintins, desenhou um modelo exclusivo de sandálias de borracha para o Projeto Cora. Sete por cento das vendas do calçado serão doados para o Projeto Cora. A produção é da empresa Havaianas.
O Projeto Cora é uma iniciativa criada pelo Instituto BEĨ (palavra tupi que significa “um pouco mais”). A organização não-governamental desenvolve programas educacionais que promovem ações de impacto em relação ao meio ambiente, ao desenvolvimento urbano e ao exercício da cidadania.
As inscrições do Projeto Cora vão até 26 de agosto e podem ser realizadas aqui.